terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sobre patos, amigos e patos amigos

Ainda bem que minha irmã é psicóloga. Eu já perguntei e ela falou que é normal crianças terem amigos imaginários. Eu tive vários. O mais legal dos amigos imaginários é que mesmo quando eles não fazem o que você gostaria, eles ainda fazem o que você quer. Deu pra entender?

De todos os meus coleguinhas imaginários, meu preferido é, até hoje, o Pato Fernando. Ele foi um amigo tardio e apareceu na minha vida inadvertidamente. Aliás, como quase tudo aquilo que é bom demais na vida: demora pra acontecer, a gente nem está esperando e quando acontece se torna tão vital que parece sempre ter sido assim desde sempre. Deu pra entender?

O Pato Fernando é lindo! Branquinho, esbelto... O melhor desenho que já fiz na vida (ele e um elefante que desenhei para a aula de biologia de Adelcio Valois - o professor que fazia chover).


Meu pato imaginário teve uma colega de fauna que também merece aparecer neste post. A Madame Curie, prova cabal da minha tendência à nerdice científica. De acordo com a minha querida irmã, ela foi meu objeto transicional (não sei se isso é bom ou ruim! rsrsrs), algo como a mantinha do Linus do Peanuts. Não sei como a pobre coitada existe até hoje. Poucos ursinhos de pelúcia devem ter sido tão amassados como ela. Pior era ter que lavar a bichinha e pendurar no varal...

Mas amigo que é amigo resiste até às intempéries do tempo.

E a gente vai vivendo, crescendo talvez, e vai aprendendo a ganhar e guardar amigos, não mais imaginários. Irmãos amigos, amigos irmãos. Queridos que toleram até nossas divagações sobre amigos imaginários. Que nos amam apesar de conhecer os nossos piores defeitos. Pessoas a quem recorremos quando dói o coração, quando as incertezas apertam e precisamos de colo. Amigos que se alegram com nossas alegrias e nos confortam na tristeza. Não são muitos, mas são tesouros. Não importa que soe piegas. Aos meus amigos, um grande abraço. Contem sempre comigo!

P.S.: Este post é culpa da minha irmã. Que comentou que fazia tempo que eu não falava no Pato Fernando. Aliás, onde quer que você esteja, boa noite, Pato Fernando!

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